ORQUESTRA BARROCA DE SÃO PAULO
A Orquestra Barroca De São Paulo iniciou suas atividades em 2001. Desde então executou obras de grandes compositores do período barroco, como Bach, Corelli, Vivaldi, Purcell, Telemann, Pergolesi e outros. Em 2002 a orquestra tocou sob regência do Maestro Ricardo Kanji. No início de 2004 a orquestra reformulou seu naipe de cordas visando uma maior consistência musical. São usadas cópias de arcos antigos e afinação mais grave que a atual, além de instrumentos de época na seção de sopros e cordas dedilhadas. A Orquestra Barroca De São Paulo segue os princípios de uma interpretação “historicamente orientada”.
O programa de concerto é dedicado basicamente à música
genial de Antonio Vivaldi e também conta com um dos mais belos concertos
de Georg Philipp Telemann. As obras foram escolhidas em função
de se adaptarem bem à versão camerística com um instrumento
por parte. No caso dos dois concertos de Vivaldi do Opus 10 (publicados em 1728)
parece ter sido esta a concepção original. Vivaldi utilizou diversos
nomes imaginativos para alguns de seus concertos como em “La Tempesta
di Mare” (A Tempestade Marinha) e “Il Gardellino” (O Pintassilgo).
O concerto “Alla Rustica” é uma obra bastante conhecida,
consagrada em salas de concerto. O Concerto de Telemann composto originalmente
para flauta doce e flauta transversal é único em seu gênero.
Marília Macedo flauta doce
Nascida em São Paulo, iniciou sua formação musical nos Seminários de Música Pró Arte, tendo então estudado com vários professores de São Paulo e Rio de Janeiro. Participou de cursos e festivais em São Paulo, Campos do Jordão, Curitiba e Ouro Preto.
Foi bolsista do Ministério de Educação da Holanda, no Conservatório Real de Haia, tendo sido aluna de Ricardo Kanji e feito cursos de interpretação de música barroca com Frans Brüggen.
Em prosseguimento à sua atividade como instrumentista anteriormente desenvolvida em grupos como Folifonia e Estampie, integra atualmente o Quarteto Brisa de Flautas Doces, o conjunto Paraphernalia e o Grupo Carmina, apresentando-se regularmente em teatros e salas de concerto na capital, em cidades do interior de São Paulo e em outros estados.
Atuou como solista em programas da Sociedade Bach, da Sociedade Pró Música Antiga de São Paulo e da Orquestra Sinfônica da USP.
Paulo da Mata flauta transversal barroca
Paulo é carioca e iniciou seus estudos de flauta doce aos 9 anos de idade em Brasília, vindo a tornar-se um especialista neste instrumento. Após participar de conjuntos de música antiga pelo Brasil e de realizar diversos master classes, tomou contato com a flauta transversal de uma chave (traverso) passando a dedicar-se também a este instrumento. Realizou cursos com professores do Brasil e do exterior, entre outros: Helder Parente (Brasil), Jean Christophe Frisch (França), Claire Guimon (Canadá) e Wilbert Hazelzet (Holanda).
Apresentou-se em várias das principais salas de concerto do país e também na Argentina e em Portugal. Como solista tocou com “Confrérie” (Brasília), “Solistas de Câmara Pró-Música” (Juiz de Fora), “Orquestra de Câmara de Indaiatuba”, “Orquestra Sinfônica da USP” (São Paulo) e “Orquestra Barroca de São Paulo”.
Em 1990, rumou para a Bélgica aperfeiçoando-se em flauta doce
com o Professor Bart Coen, trabalhando conjuntamente o traverso. Foi professor
de flauta doce nos Festivais de Música Antiga e Música Colonial
Brasileira de Juiz de Fora em 1992, 1993, 1995 e 1997. Em 1996 participou da
gravação de um CD de Música Colonial Brasileira pelo selo
Paulus. Foi aluno do Professor Ricardo Kanji de 1995 a 1999. Em 1999 foi mais
uma vez para a Bélgica para estudar traverso com o Professor Frank Theuns.
Em 2001, foi idealizador e organizador da “Primeira Semana de Música
Antiga de São Paulo”. Em 2002, participou da gravação
do CD “Canções Seculares” com o CORALUSP. Em 2003
participou da gravação de um CD junto à “Orquestra
de Câmara Engenho Barroco” e Coro, com patrocínio da PETROBRÁS.
Luiz Amato violino (spalla)
Luiz Amato nasceu em São Paulo e estudou com Johannes Olsner, Elisa Fukuda, Erich Lehninger e Ayrton Pinto. Em 1984 solou frente à Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo como vencedor do Concurso Jovens Solistas. Bacharel pela USP, realizou Mestrado e Graduate Diploma pelo New England Conservatory de Boston (EUA). Em 1996 doutorou-se pela Universidade da Califórnia em Santa Barbara (EUA) e, durante esse período, foi membro do quarteto em residência desta universidade, com o qual participou de vários festivais e concertos pelos Estados Unidos, Europa e Brasil.
De volta ao Brasil, Luiz Amato integrou a Camerata Novo Horizonte (spalla), a Orquestra de Câmara São Paulo (spalla), o Trio Ives e os Quarteto de São José dos Campos e Municipal da Cidade de São Paulo – com quem ganhou respectivamente em 1997 e 2001, o prêmio APCA, na categoria Melhor Grupo de Câmara do Ano. Durante três anos foi spalla da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo. Hoje, Luiz é professor da UNESP e Spalla da Amazonas Filarmônica.
Fábio Dias Nascimento violino
Nasceu em Jundiaí e iniciou seus estudos musicais em 1977 no Conservatório
Musical Carlos Gomes de Campinas.
Estudou com Luís Henrique Fiaminghi , Paulo Bosísio e Cláudio
Cruz. De 1989 a 2000 foi concertino da Orquestra Sinfônica Municipal de
Campinas, e de 1998 a 2000, spalla da Orquestra Sinfônica da Unicamp.
Durante esse mesmo período, atuou como solista de diversos concertos.
Integrou o Quinteto de Cordas da Unicamp como primeiro violino de 1995 a 1996.
Foi músico da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo
nas temporadas de 2000 e 2001.
Exerce também intensa atividade didática. Foi professor de violino
e música de câmera do III Festival Internacional de Música
de São Caetano do Sul em 2001, da Orquestra Jovem da Unicamp em 1999
e 2000 e do Conservatório de Tatuí em 2000.
Atualmente é violinista do Quarteto Aureus e Quinteto Quintal, grupos
dedicados à música brasileira, faz recitais regulares nas principais
salas de São Paulo e é músico da Orquestra Sinfônica
do Theatro Municipal de São Paulo.
Roberta Marcinkowski viola
Iniciou seus estudos musicais aos seis anos de idade ao piano, formando-se no mesmo instrumento no ano de 1988 pelo Conservatório Musical Villa-Lobos, em Osasco. No mesmo ano, ingressou no SESC Consolação, no curso de Iniciação Coletiva em Instrumentos de Arco, onde esteve sob orientação do professor e Maestro João Maurício Galindo. No ano de 1991 tornou-se aluna do Departamento de Música da ECA/USP. Participou das Oficinas de Curitiba nos anos de 1992 e 1995 e do Festival de Inverno de Campos do Jordão em 1990.
No ano de 1995, participou da turnê do compositor e instrumentista Egberto Gismonti, por várias cidades do Brasil. Tem participado de gravações em discos de artistas nacionais como Edson Cordeiro, Vânia Bastos, Toquinho, Regina Machado e outros. Foi aluna dos professors Marcelo Jaffé, Horácio Schaefer, Paulo Bosísio, Laura Wilcox, Laércio Diniz e Renato Bandel.
Foi professora de Iniciaçao Coletiva em Instrumentos de Arco no Conservatório de Cubatão – SP e no Projeto Guri,- Núcleo FEBEM. É integrante da Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo desde 1993. Foi integrante da Amazonas Filarmônica no período de setembro de 1997 a setembro de 1998. Atua na Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo desde 1999.
Teresa Cristina Rodrigues violoncelo
Estudou na Universidade de São Paulo com Zigmunt Kubala, Watson Clis e Robert Suetholz. Obteve o Mestrado em Música nos EUA sob a orientação de Dennis Parker e estudou violoncelo barroco com Jaap Ter Linden, no Conservatório Real de Haia, na Holanda. Nesse dois países integrou diferentes grupos e participou de inúmeros projetos orquestrais. No Brasil, dedica-se à execução e à difusão do repertório do século XVIII para violoncelo e é membro da Orquestra Sinfônica da USP. Dentre suas atividades recentes, além de inúmeros concertos com o grupo Triplo Contínuo e o Ensemble Nota Buonna, destacam-se: apresentação como solista junto a Orquestra Sinfônica da USP e participação na execução e elaboração da trilha do espetáculo de Balé "No Porão" dirigido por Luis Arrieta, participação na peça de teatro "Cidades Invisíveis". Atualmente é professora de Práticas de interpretação da musica antiga e violoncelo no curso de difusão cultural no departamento de música da Universidade de São Paulo.
Gustavo D’Ippolito contrabaixo
Tocou em várias orquestras de SP e excursionou pela Alemanha com a
Orquestra Sinfônica da USP. Participou de diversos festivais de música
e, em 2001, participou da Convenção Internacional de Contrabaixistas
da ISB - International Society of Bassists - no Estado de Indiana, EUA. Atualmente é primeiro
contrabaixista (Monitor) da Orquestra Experimental de Repertório, membro
da Orquestra Sinfônica da USP, da Orquestra de Contrabaixos Tropical e
do grupo Sinuca (música instrumental brasileira).
Guilherme de Camargo teorba e guitarra barroca
Graduou-se no curso de bacharelado em música da Escola de Comunicações
e Artes da Universidade de São Paulo. Em 1992 viajou à Holanda
onde, por dois anos, aperfeiçoou seus estudos em aulas com Hein Sanderinck
(HOL) e Jorge Oraison (URU). Participou também de diversas master-classes,
das quais destacam-se as realizadas com Abel Carlevaro, Francisco Gato e Hopkinson
Smith.
Participou, como instrumentista e arranjador, da gravação de uma série de CD’s e vídeos em comemoração aos 500 anos do Brasil, sob a direção do maestro Ricardo Kanji, com quem realizou concertos em Portugal por ocasião das “Jornadas Gulbenkian de Música Antiga”, um dos mais representativos eventos europeus do gênero.
Em 2001 teve ativa presença na 1ª Semana de Música Antiga de São Paulo, estreando seu recital solo “350 Anos de Cordas Dedilhadas”, um panorama da música para alaúdes e guitarras e atuou, em fevereiro de 2002, como teorbista, no espetáculo “Barroco!”, realizado no Centro Cultural do Banco do Brasil (São Paulo), com nova temporada em Brasília, em março de 2003. Participou, junto à OSESP, das montagens da “Paixão Segundo São João”, de Bach, e da “Barca de Venezia per Padova”, de Banchieri, e junto à OSUSP, das “Quatro Estações”, de Vivaldi.
É mestrando em musicologia pela Universidade de São Paulo.
A Orquestra Barroca de São Paulo está na programação
da Série Concertos Dominicais dos Concertos BankBoston 2004.